Nome Cientifico: Sorghum vulgare
Família: Poaceae
Nomes populares:
sorgo, capim massambará, pasto russo, erva-de-são-joão
Principio tóxico
ativo: durrina
Mecanismo de ação:
a durrina é um glicosídeo cianogênico e produz no organismo o cianeto de
hidrogênio que é potencialmente toxico. O cianeto inibe vários complexos
enzimáticos, interrompendo o transporte de elétrons na cadeia respiratória,
ocorrendo anóxia histotóxica (asfixia tissular). Quando o material vegetal é
dilacerado como, por exemplo, mediante a mastigação, o glicosídeo em presença
de água é hidrolisado enzimaticamente por ß-glicosidases. Em pH ácido (estômago
de monogástricos) essas enzimas não atuam e a liberação de cianeto é lenta,
permitindo sua eliminação sem atingir concentrações tóxicas. Em pH 7.0
(estômago de ruminantes) os glicosídeos são hidrolisados rapidamente, liberando
cianeto. Por isso os ruminantes são mais suscetíveis a intoxicação.
Animais comumente
afetados: bovinos e outros ruminantes.
Sinais clínicos: sinais de agitação, cambaleio e queda, timpanismo,
depressão, desconforto abdominal, salivação espumosa, dispnéia com ofegância e taquipnéia,
tremores musculares e descoordenação com andar cambaleante.
Diagnóstico: O diagnóstico de intoxicação por Cianogênicos é
difícil. A observação dos sinais clínicos que do animal e buscar as áreas em
que o mesmo se alimentou nas últimas horas e a identificação da planta não
deixa dúvidas.
Possíveis tratamentos: alguns animais possuem um mecanismo de
desintoxicação que evita a morte quando o cianeto é liberado lentamente. Porém
o mecanismo só existe em animais com pH estomacal em torno de 3.0, por exemplo,
suíno. Animais poligástricos com pH 7.0, não possuem tal mecanismo. Solução
aquosa de tiossulfato de sódio a 20% na dosagem de 50 mL/100 kg de peso vivo,
por via endovenosa, o qual funciona como antídoto. Esse tratamento pode ser
repetido mais de uma vez, caso seja necessário.
Imagem: Sorghum vulgare
Fonte: Encyclopedia of Life
Bibliografia
INSTITUTO BRASILEIRO DE
ESTUDOS HOMEOPÁTICOS, FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE SÃO PAULO, DÉBORA
GIKOVATE BARG, PLANTAS TÓXICAS SÃO PAULO – SP 2004
Intoxicação por Sorghum
halepense (Poaceae) em bovinos nosemi-árido, J. Escarião da Nóbrega Jr,
Franklin Riet-Correa, Rosane M.T. Medeirose Antônio F.M. Dantas, Pesq. Vet.
Bras. 26(4):201-204, out./dez. 2006
FATORES ANTI-NUTRICIONAIS PARA RUMINANTES, Dorgival Morais de Lima
Júnior, Paulo de Barros Sáles Monteiro, Adriano Henrique do Nascimento Rangel,
Michel do Vale Maciel, Steffan Edward Octávio Oliveira, Diego Alencar Freire,
Acta Veterinaria Brasilica, v.3, n.4, p.132-143, 2010.
Curso de Toxicologia Aplicada, Modulo XI –
Envenenamento por Plantas, Síndrome Cianogênica, Sony de Freitas Itho (TOXCEN -
Vitória), Pedro Pereira de Oliveira Pardal (CIT - Belém) Disponível
em: <http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mXI.sincia.htm> Acesso em: 11 mar. 2015
Roots, tubers, plantains and bananas in human
nutrition, FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED
NATIONS, Capítulo 7, Rome, 1990. Disponível em <http://www.fao.org/docrep/t0207e/T0207E00.htm#Contents> Acesso em: 11 mar. 2015
INTOXICAÇÕES POR PLANTAS CIANOGÊNICAS NO BRASIL, Sara Lucena
de AMORIM, Rosane Maria Trindade de MEDEIROS & Franklin RIETCORREA, Centro
de Saúde e Tecnologia Rural/Universidade Federal de Campina Grande, Ciência
Animal, 16(1):17-26, 2006.
Nome Cientifico:
Manihot esculenta Crantz
Família:
Euphorbiaceae
Nomes populares:
aipim, macaxeira, mandioca.
Principio tóxico
ativo: linamarina
Mecanismo de ação a
linamarina é um glicosídeo cianogênico e produz no organismo o cianeto de
hidrogênio que é potencialmente toxico. O cianeto inibe vários complexos
enzimáticos, interrompendo o transporte de elétrons na cadeia respiratória,
ocorrendo anóxia histotóxica (asfixia tissular). Quando o material vegetal é
dilacerado como, por exemplo, mediante a mastigação, o glicosídeo em presença
de água é hidrolisado enzimaticamente por ß-glicosidases. Em pH ácido (estômago
de monogástricos) essas enzimas não atuam e a liberação de cianeto é lenta,
permitindo sua eliminação sem atingir concentrações tóxicas. Em pH 7.0
(estômago de ruminantes) os glicosídeos são hidrolisados rapidamente, liberando
cianeto. Por isso os ruminantes são mais suscetíveis a intoxicação.
Animais comumente
afetados: bovinos e outros ruminantes.
Sinais clínicos: dispnéia, taquicardia, mucosas cianóticas, sialorreia,
tremores musculares intensos, andar cambaleante a ponto de o animal cair,
nistagmo e opistótono. Finalmente ocorre queda seguida de decúbito lateral,
dispnéia cada vez mais acentuada e coma.
Diagnóstico: O diagnóstico de intoxicação por Cianogênicos é
difícil. A observação dos sinais clínicos que do animal e buscar as áreas em
que o mesmo se alimentou nas últimas horas e a identificação da planta não
deixa dúvidas.
Possíveis
tratamentos:
alguns animais possuem um mecanismo de desintoxicação que evita a morte quando
o cianeto é liberado lentamente. Porém o mecanismo só existe em animais com pH
estomacal em torno de 3.0, por exemplo, suíno. Animais poligástricos com pH
7.0, não possuem tal mecanismo. Solução aquosa de tiossulfato de sódio a 20% na
dosagem de 50 mL/100 kg de peso vivo, por via endovenosa, o qual funciona como
antídoto. Esse tratamento pode ser repetido mais de uma vez, caso seja
necessário.
Imagem: Manihot esculenta
Fonte:
Encyclopedia of Life
Bibliografia
Roots, tubers, plantains and bananas in human
nutrition, FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED
NATIONS, Capítulo 7, Rome, 1990. Disponível em: <http://www.fao.org/docrep/t0207e/T0207E00.htm#Contents> Acesso 11 mar. 2015.
Curso de Toxicologia Aplicada, Modulo XI –
Envenenamento por Plantas, Síndrome Cianogênica, Sony de Freitas Itho (TOXCEN -
Vitória), Pedro Pereira de Oliveira Pardal (CIT - Belém).
Disponível em <http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mXI.sincia.htm> Acesso em: 11
mar. 2015.
FATORES ANTI-NUTRICIONAIS PARA RUMINANTES, Dorgival Morais de Lima
Júnior, Paulo de Barros Sáles Monteiro, Adriano Henrique do Nascimento Rangel,
Michel do Vale Maciel, Steffan Edward Octávio Oliveira, Diego Alencar Freire,
Acta Veterinaria Brasilica, v.3, n.4, p.132-143, 2010.
INTOXICAÇÕES POR PLANTAS CIANOGÊNICAS NO BRASIL, Sara Lucena de AMORIM,
Rosane Maria Trindade de MEDEIROS & Franklin RIETCORREA, Centro de Saúde e
Tecnologia Rural/Universidade Federal de Campina Grande, Ciência Animal,
16(1):17-26, 2006.