sexta-feira, 13 de março de 2015

Grupo 1 - Digitalis purpurea, Nerium oleander



Digitalis purpurea

Nome científico: Digitalis purpurea
Família: Scrophulariaceae
Nomes populares: Dedaleira, Flor de Coelho, Dedo de dama, Erva de São Leonardo.
Principio Ativo: Glicosídeos Cardiotóxicos

             A Dedaleira é uma planta bienal, ou seja, dura somente duas temporadas. Possui folhas macias e dentadas, lembrando assim o formato de uma lança. Sua origem é a Europa e continua sendo muito cultivada, com o principal objetivo de produzir drogas que irão auxiliar no tratamento de insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
A água dos vasos das plantas é altamente tóxica. Todas as partes da planta são venenosas se ingeridas, o contato com ela pode gerar irritação. As folhas podem gerar intoxicação grave e as flores da parte superior são mais tóxicas que as mais baixas.
            O mecanismo de ação da planta inibe a Na+ K+ ATPase nos miócitos cardíacos , aumentando assim o Na+, portanto aumentando  Ca na via de troca Na-Ca, fazendo aumentar a força de contração e diminuindo o numero de batimentos (mecanismo compensatório da ICC).
            Os principais sinais de intoxicação por Digitalis purpurea podem ser descritos como dor abdominal, tontura, dispnéia, alterações rítmicas cardíacas, náuseas, ataxia, convulsões, hipotensão, choque, colapso e morte.
         Como todo diagnóstico, deve ser iniciado com uma anamnese bem detalhada, avaliando sinais como alterações sensoriais, motoras, oculares (midriase, moise, nistagmo) e outros detalhes, como picadas de agulha, urina.
  Cerca de 25% dos animais que são tratados com digitálicos apresentam sinais de intoxicação,como os sinais que foram citados acima.
O tratamento a ser realizado é o suporte, ou de sintomas. Como por exemplo tratar a parte eletrolítica ( Na+ e Ca++), antiespasmódicos, Antiarrítmicos, e protetores de mucosa.
Pode-se recorrer a lavagem gástrica, mas o tratamento básico é hidratação com fluidos IV ,e oxigenação. Fármacos: Fenitoína, bloqueadores beta, lidocaína, atropina e um anticorpo especifico antidigitoxina(Fab), neste usa-se apenas o fragmento de Fab, este se liga a digitoxina e a leva para o rim, para ser excretado pela urina. Usamos esse tratamento quando o convencional nao foi eficaz
Figura 1: Digitalis purpurea

Nerium oleander

Nome científico: Nerium oleander
Nome popular: Espirradeira
Originária da Ásia e Mediterrâneo
Princípio Ativo: Glicosídios cardíacos, oleandrina e neriina
Espécies acometidas: Cães, Bovinos

A planta tem de 3 a 5 metros de altura, é lactescente, ramificada e florífera. Flores brancas, róseas e vermelhas.
          Todas as partes da planta contém glicosídios cardiotóxicos, oleandrina e neriina, e a contaminação geralmente acontece quando a planta é podada.
Sinais clínicos aparecem entre 1h e 24hrs depois do contato, podem ocorrer arritmias, vômito, diarréia sanguinolenta, ataxia, extremidades frias, dispnéia, paralisia, coma e morte.
           Essas plantas possuem mais de 30 glicosídios cardíacos causadores de quadro clínico de intoxicação, gerando sinais clínicos como êmese, sialorréia, náuseas, apatia, desidratação, dor abdominal, tremores, diarréia, inapetência e tenesmo.
A inalação ou contato com a planta pode causar eritema bucal e dermatite por contato.
Os sinais cardiovasculares inibem a bomba de Na+/k+ - ATPase,  resultando na redução de potássio e aumento de sódio intracelular. Essas alterações geram o acúmulo de cálcio no citoplasma, responsável pelo efeito inotrópico positivo. Este distúrbio eletrolítico afeta a condutividade elétrica do coração.  A resposta simpática aumenta, sensibilizando o miocárdio e exacerbando os efeitos tóxicos dos glicosídeos. Com a baixa condutividade elétrica no miocárdio, são observados bloqueios de condução, tais como arritmias ventriculares ou perda completa da contratibilidade.
Alterações macroscópicas post-mortem em bovinos: Coração com petéquias e esquimose no átrio esquerdo. Coágulos e hemorragias no endocárdio do ventrículo esquerdo e áreas pálidas no septo interventricular e em porções do miocárdio e ventrículos.
O tratamento suporte é feito com fluidoterapia via oral e via intravenosa para abaixar os efeitos cardiovasculares. Evitar fluido com cálcio. Doses repetidas de carvão ativado para repetir a reciclagem de toxinas entero-hepática. Usar medicamento antiarrítmico para controlar os efeitos de glicosídeos cardíacos

                                         Figura 2 – Nerium oleander
 Disponível em: http://hellenabeautyfloricultura.blogspot.com.br/2012/08/oleandro-e-ricino-toxicas.html / Acesso em: 9/03/15

Referências:



PEDROSO, PEDRO M.O. ; BANDARRA, PAULO M. ; BEZERRA JÚNIOR, PEDRO S. ; RAYMUNDO, DJELSON L. ; BORBA, MAURO R.; LEAL, JULIANO S.; DRIEMEYER, DAVID/ Intoxicação natural e experimental por Nerium oleander(Apocynaceae) em bovinos no Rio Grande do Sul./Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pvb/v29n5/08.pdf / Acesso em: 9/03/15

 NEGI, J.S; BISHT, V.K.; BHANDARI, A.K.; SUNDRIYAL, R.C./ Determination of mineral contents of Digitalis purpurea L. and Digitalis lanata Ehrh / Disponível em: http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0718-95162012000300008&script=sci_arttext / Acesso em: 10/03/15.

PÉREZ, N.L.; LABRADA, F.A.; PÉRES, A.C. ET/ Estimulación de cardenólidos en brotes de Digitalis purpurea L. cultivados in vitro mediante elicitores/ Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S012334752014000100007&lang=pt/ Acesso em: 10/03/15

PAPONE, M.; MASCARINI, A.; FATTA, N./ A Digitalis purpurea elite population starting from a population grown wild/ Disponível em: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1852-62332008000100004&lang
=pt / Acesso em: 10/03/15


Intoxicações por Plantas Tóxicas /Quadro - Resumo de Plantas Tóxicas: Quadro Clínico e Tratamento segundo Princípio Ativo./ Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/plantas/Intoxicacoes_por_Plantas_Toxicas.pdf/ Acesso em: 10/03/15

 Digitalis purpúrea (Foxglove) / Disponível em: http://www.ansci.cornell.edu/plants/digitalis.html / Acesso em: 10/13/15


Grupo 1: Isabel Mariana Goldberg, Larissa Theodoro Marcelino, Rafaela Pauperio, Veronica Recio de Almeida



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