sexta-feira, 13 de março de 2015

Grupo 6 - Lilium sp. e Tulipa sp.

Plantas Ornamentais Tóxicas
 
 
 
Lilium sp
 
 
 
Figura 1 - Lilium longiflorum  Fonte: HOVDA, 2009.
 
Nome Científico: Lilium sp.
Nome popular: Lírio.
 
Partes tóxicas: Todas as partes da planta são tóxicas, incluindo folhas, flores, pétalas, estames e pólen. As flores contem a maior quantidade de toxinas.
Mecanismo de ação: A intoxicação ocorre por ingestão e a dose tóxica é baixa, uma mordida ou apenas exposição ao pólen já podem causar os sinais clínicos.
 
Tem ação nefrotóxica e  causa degeneração pancreótica, porém o mecanismo de ação é desconhecido.
Gatos afetados sofrem lesões renais agudas devido à degeneração e necrose dos tubos renais proximais.
Causa Insuficiência renal aguda. Quando não realizado o tratamento é alta a taxa de mortalidade.
A descamação das células epiteliais tubulares necrosadas causam bloqueio tubular e consequente anúria. 
Principais espécies acometidas: Felinos. 
Sinais clínicos: Os primeiros sinais aparecem normalmente entre 2 e 3 horas após a ingestão, iniciando com êmese, anorexia, polidipsia e depressão. Após 18 à 24 horas , desenvolve-se um quadro de insuficiência renal, azotemia, poliúria e posteriormente anúria.
 
Tratamentos: Indução de êmese em casos de ingestão recente, desintoxicação gastrointestinal com carvão vegetal ativado, administração de catárticos, fluído endovenoso por no mínimo 48horas. Realizar diálise peritoneal em caso de anúria e/ou azotemia.
 
Tulipa sp.
 
 
Figura 2 - Tulipa sp. Fonte: HOVDA,2009.
 
 
Nome Científico: Tulipa sp.
Nome Popular: Tulipa
Partes tóxicas: Toda a planta é tóxica, especialmente o bulbo.
Mecanismo de ação: Uma pequena quantidade ingerida já pode causar intoxicação, porém o mecanismo de ação e princípio ativo tóxico não são conhecidos.
Principais espécies acometidas: Caninos e Felinos.
Sinais clínicos: Anorexia, deglutições repetidas, sialorréia, depressão, êmese. Causam alterações gastroentéricas como cólica com tenesmo, e aumento da frequência de defecação. Os sinais aparecem aproximadamente após seis horas da ingestão.
Tratamento: Não existem tratamentos específicos, deve-se fazer o tratamento sintomático, e principalmente a correção de prováveis distúrbios eletrolíticos.
 
 
REFERÊNCIAS:
COTE, E. Clinical Veterinary Advisor: Dogs and Cats. 2ed. Mosby Elsevier, 2010.
HOVDA L. R. Plant Toxicities. In: ETTINGER S.J. FELDMAN E.C. Textbook of
Veterinary Internal Medicine. 7th edition. Vol 1. Saunders: California, 2009.
 
OSWEILER, G.D. Toxicologia Veterinária. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 526p.
SPINOSA, H.S. et al. Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri: Manole, 2008. 942 p. 
SIMPOSIUMVET. Intoxicação Lilium spp. Em felinos, Lisboa, 2014. Disponível em:< http://www.simposiumvet.pt/Intoxicacoes/IntoxicacaoDetails?intoxpk=67>. Acesso em: 12 mar. 2015
 

 
 

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