Plantas Ornamentais Tóxicas
Lilium sp
Figura 1 - Lilium longiflorum Fonte: HOVDA, 2009.
Nome Científico:
Lilium sp.
Nome popular: Lírio.
Partes tóxicas: Todas as partes da planta são tóxicas,
incluindo folhas, flores, pétalas, estames e pólen. As flores contem a maior
quantidade de toxinas.
Mecanismo de ação: A intoxicação ocorre por ingestão
e a dose tóxica é baixa, uma mordida ou apenas exposição ao pólen já podem
causar os sinais clínicos.
Tem ação nefrotóxica e causa degeneração pancreótica, porém o
mecanismo de ação é desconhecido.
Gatos afetados
sofrem lesões renais agudas devido à degeneração e necrose dos tubos renais
proximais.
Causa Insuficiência renal aguda. Quando não realizado
o tratamento é alta a taxa de mortalidade.
A descamação das células epiteliais tubulares necrosadas
causam bloqueio tubular e consequente anúria.
Principais espécies acometidas: Felinos.
Sinais clínicos: Os primeiros sinais aparecem
normalmente entre 2 e 3 horas após a ingestão, iniciando com êmese, anorexia,
polidipsia e depressão. Após 18 à 24 horas , desenvolve-se um quadro de
insuficiência renal, azotemia, poliúria e posteriormente anúria.
Tratamentos: Indução de êmese em casos de ingestão
recente, desintoxicação gastrointestinal com carvão vegetal ativado,
administração de catárticos, fluído endovenoso por no mínimo 48horas. Realizar
diálise peritoneal em caso de anúria e/ou azotemia.
Tulipa sp.
Figura 2 - Tulipa sp. Fonte: HOVDA,2009.
Nome Científico: Tulipa sp.
Nome Popular: Tulipa
Partes tóxicas: Toda a
planta é tóxica, especialmente o bulbo.
Mecanismo de ação: Uma pequena quantidade ingerida já
pode causar intoxicação, porém o mecanismo de ação e princípio ativo tóxico não
são conhecidos.
Principais espécies acometidas: Caninos e Felinos.
Sinais clínicos: Anorexia, deglutições repetidas,
sialorréia, depressão, êmese. Causam alterações gastroentéricas como cólica com
tenesmo, e aumento da frequência de defecação. Os sinais aparecem
aproximadamente após seis horas da ingestão.
Tratamento: Não existem tratamentos específicos,
deve-se fazer o tratamento sintomático, e principalmente a correção de
prováveis distúrbios eletrolíticos.
REFERÊNCIAS:
HOVDA L. R. Plant Toxicities. In: ETTINGER S.J. FELDMAN E.C. Textbook
of
Veterinary Internal Medicine.
7th
edition. Vol 1. Saunders: California,
2009.
OSWEILER,
G.D. Toxicologia Veterinária. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
526p.
SPINOSA,
H.S. et al. Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. Barueri:
Manole, 2008. 942 p.
SIMPOSIUMVET.
Intoxicação Lilium spp. Em felinos, Lisboa, 2014. Disponível em:<
http://www.simposiumvet.pt/Intoxicacoes/IntoxicacaoDetails?intoxpk=67>.
Acesso em: 12 mar. 2015
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